quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Brechó!!!!

Ontem, indo para o centro da cidade e resolvi, do nada, ligar para um brechó que tem no caminho e oferecer os 2 colchões de casal que foram um dia minha cama. Pois eu liguei, a moça se interessou e hoje o rapaz veio aqui.

Daí aproveitei e mostrei um monte de outras coisas.

E ele LEVOU:

- 1 mesinha de cabeceira de madeira;
- 1 mesinha de cabeceira de ferro sem o vidro;
- 2 colchões de espuma de solteiro;
- 2 colchões de casal;
- 2 cadeiras cacarecadas;
- 1 mesinha de centro;
- 1 cama de ferro faltando o estrado e os parafusos;
- 1 cadeirinha de manicure toda ruim.

E o melhor, ele deixou R$ 200,00!!!! Para esvaziar um pouquinho a minha casa (leia-se 1 casa de 2 quartos, 1 quintal enorme e toda uma laje!). Pode parecer pouco, mas eu fiquei tão satisfeita. Ele tirou para mim, esvaziou e ainda em pagou por isso!

Mas admito que depois deu um vazio, bateu uma dúvida! Será que eu deveria ter feito isso, será que vou precisar das coisas, será que eu fiz um bom negócio? Claro que fiz! Esvaziei, mesmo que um pouquinho, a casa e vi que a laje tá precisando de uma boa limpeza e que tem muita madeira velha para jogar fora. Vou subir agora para lá e ver o que eu consigo fazer.

Ai ai.

Livre-se das coisas velhas


Estava procurando referências na internet para escrever este post e a primeira surpresa foi digitar "feng shui coisas velhas" no Google e a primeira resposta ser "Funerária Santa Casa RJ". Tive uma crise de riso!!! Mas pensando bem é bem apropriado.



Daí achei essa ótima reportagem, que reproduzo partes abaixo, com o título deste post, que vocês podem consultar na íntegra neste link: http://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/reportagem/viver-bem/jogar-coisas-velhas-fora-ajuda-levar-vida-frente-622298.shtml.

A avó dos meus primos, uma senhora muito inteligente com quem tive a honra de viver junto por 7 anos uma vez falou uma coisa sobre terapia:

"Pense em arrumar um porão muito muito sujo e cheio de coisas. Você pode fazer a limpeza de duas maneiras. Uma delas é você abrir as portas e as janelas e deixar a luz entrar por alguns dias, e aí naturalmente os insetos e bichos vão sair. Daí você um dia entra e varre, no outro separa coisas para jogar fora, no outro limpa as coisas que ficaram, no quarto dia você conserta as coisas quebradas e pinta as paredes e de repente, meio sem notar está tudo limpo e pronto. A outra maneira é você entrar, com mais duas ou três pessoas, com vassouras, baldes e material de limpeza. Mata os bichos a vassouradas, limpa tudo e pronto. Dos dois modos o porão fica limpo, mas vale a pena todo o esforço da segunda opção? Quais são os efeitos dessa segunda opção?"

Então. Acho que o processo de limpeza da minha casa foi escolhido, talvez pela própria casa, pela vida, sei lá eu porquê. E foi o primeiro método. Digo que foi escolhido pela casa, porque muitas mudanças foram feitas por questões fora do nosso controle. Como os cupins por exemplo.

Todo dia a gente separa algo, limpa um pouquinho, mas o processo é tão grande e tão dolorido que ainda resta muita, muita coisa a fazer.


"Os objetos são vistos como uma extensão de nossa personalidade",  
"abrir mão deles seria como abrir mão de si mesma."(antropólogo Arthur Shaker, professor de meditação budista da Casa de Dharma, em São Paulo.) .

Há, ainda, o desejo de se precaver contra todas as eventualidades que o futuro possa trazer. Vai que ocorra uma enchente e você precise daquela galocha guardada há anos. "Nesse caso, é uma necessidade parecida com a que nos faz carregar uma mala pesada quando viajamos por temermos ficar desprotegidos", compara Lana.

Pode ser também insegurança com relação ao futuro, medo de se livrar e não conseguir aquilo novamente, a preguiça de tomar uma decisão (jogo fora ou não o relógio que parou de funcionar?). Seja qual for a explicação para juntarmos coisas e sentimentos, a conclusão é que isso é ruim. Ao abandonar coisas que não têm mais valor ou utilidade, sua essência aparecerá. Desfazer-se do peso morto ainda abre espaço para a introspecção. Ambientes atulhados causam uma superexcitação.
"A mente fica o tempo todo sendo arrastada pelo objeto e não descansa nunca", descreve Arthur. Sem falar que viver tropeçando no que não serve e acaba atravancando o fluxo de energia. "Toda casa tem uma energia que chamamos de chi", explica Franco Guizzetti, consultor de feng shui, de São Paulo. "O chi não circula em ambientes atulhados, cheios de objetos, saturados. A energia fica estagnada", completa ele. Essa regra vale também para coisas que ficam paradas durante muito tempo. Se não quer se livrar de algo, torne-o útil. É preciso ler os livros comprados, consertar o que está quebrado, tirar o aparelho de jantar de porcelana do armário. Não há razão para manter enfurnados objetos que você julga importantes. É você que faz um momento ser especial para merecê-los.

O primeiro passo para liberar a área é, sem dúvida, estar disposta a isso. "Jogar coisas fora pede coragem e manda uma mensagem para o mundo: quero me renovar", diz Lana. Tomada a decisão, vale uma dica prática de Gail Blanke em seu livro Jogue Fora 50 Coisas. Ela sugere pegar três sacos grandes de lixo e etiquetá-los: lixo (propriamente dito), doação e venda. Quando algo entrar em algum deles, não pode mais sair. O segredo é passear com eles pelos vários cômodos e fazer com que se encham com tudo o que é inútil.

Depois do excesso material, vem o mental. Pode ser um bom caminho começar com as lembranças incômodas, as mágoas não resolvidas. E, principalmente, as ideias preconcebidas que tem de si mesma. Gail sugere mais algumas sensações que podem ir para o saco:arrependimentos, a tendência de sempre pensar no pior, a convicção de que precisa fazer tudo sozinha.

"Precisamos nos desapegar do velho, dos automatismos, dos atalhos mentais que usamos por preguiça e que nos impedem de ter um novo olhar sobre tudo", complementa Lana. "A decisão de pôr mãos à obra e reorganizar o espaço interno e externo tem um efeito transformador. Abre espaço para uma nova disposição, um novo jeito de se posicionar na vida", diz. É um movimento de renovação não apenas do que está visível, mas, mais importante, do que está por dentro - do seu armário ou de você mesma.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A casa é sua?

E então, a casa que você mora é sua?

Ela pode ser sua de várias maneiras. Pode ser toda sua, porque só você mora, pode ser sua porque é você que manda e pode ser sua no papel mesmo, né?

Pois é, a minha é minha no papel. Minha mesmo! Não da família. E só! Quem manda é minha mãe e a verdade é que eu vivo acampada dentro de casa.

Acampada e soterrada por coisas. Minhas e delas, das quais não consigo me desfazer. Ô apego!!!!

Mas como é difícil! Como é difícil jogar coisas fora. Dá um medo, um medo de precisar, um medo de não ter dinheiro para comprar mais....que feio né?

http://psicologia-malenalede.blogspot.com.br/2010/10/acumuladores-compulsivos-sindrome-de.html

http://www.drycalys.com/2011/06/acumuladores-mau-psicologico-que-afeta.html

E gente, é isso mesmo, dá um desespero de jogar as coisas fora ou mesmo de doar!

Mas pior que eu, muito pior, é minha mãe.

Se ela souber que tem alguém dando coisas, roupas, móveis...não importa, ela quer, ela pede e vai juntando.

Eu já chorei, já gritei, não sei o que fazer!

E eu percebo que faço o mesmo, em menor escala mas sou. Já percebi que se eu achar um dono para as coisas, fica mais fácil de me desfazer.

Por exemplo, nos desfizemos de uma Caravan cheia de livros que doamos para um projeto de montagem de uma biblioteca no Complexo do Alemão. Fiquei tão satisfeita. Enchi umas 10 caixas de livros. E sabe o que é o pior...? A sala continuou cheeeeia! Aff! E foi dificílimo nos desfazer deles...tentamos por meses.

Por falar em mãe, ela me proibiu de postar fotos da casa, sabe? Então fico devendo para vocês!

Meu namorado, em um acesso de raiva, jogou fora uma caixa de fitas K7! Hoje achei uma gaveta cheia e já disse a ele que preciso dele!

Tivemos um caso grave de infestação de cupins, que precisamos esvaziar a casa! Jogamos muita, mas muita, mas muita coisa fora! Foi duro, foi traumático, mas foi ótimo no final!

Daí guardamos as coisas e muitas delas ficaram no porão! Daí teve uma chuvada e muita coisa estragou. Já estavam lá a anos e nunca tínhamos usado e muita coisa ficou imprestável até para doação e tivemos que jogar no lixo. Uma pena! Outras pessoas poderiam ter usado.

Agora preciso me livrar de dois colchões de casal que eram a minha cama e que minha mãe se recusa terminantemente!

E de uma prancheta de desenho que é outro exemplo de coisas que eu deveria ter vendido a tempos e não o fiz...e agora tudo que eu posso fazer é doar para o ferro velho.

Roupas são outro problema. Eu emagreci, depois engordei muito e tenho muuuuuita coisa que simplesmente não me servem e não consigo me desfazer! Vamos tentando aos poucos.

Dizem que reconhecer o problema é o primeiro passo...então vamos passo a passo.